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Marketing jurídico estratégico: como atrair clientes sem ferir as regras da OAB (guia completo)

  • Foto do escritor: Marianna Goret
    Marianna Goret
  • 3 de out.
  • 4 min de leitura

Para quem é este guia 


Se você lidera um escritório empresarial, quer previsibilidade comercial e precisa comunicar com sobriedade e método, este guia foi escrito para você. A advocacia brasileira vive um momento de digitalização responsável: a OAB permite marketing jurídico, desde que respeitados o Estatuto, o Código de Ética e o Provimento 205/2021. 


Diante disso, surge a pergunta: como estruturar um marketing jurídico estratégico capaz de atrair clientes sem ferir as regras da OAB? 


O que a OAB permite (e o que veda) 


O Provimento nº 205/2021 da OAB trouxe avanços importantes, como a autorização para uso de redes sociais, produção de conteúdo e divulgação de informações jurídicas, desde que de forma sóbria, informativa e sem apelos comerciais. 


É permitido: 

  • Divulgar artigos, artigos técnicos, análises de jurisprudência e eventos; 

  • Estar presente em redes sociais, desde que com sobriedade; 

  • Participar de entrevistas e lives sem menção a casos concretos ou apresentação de resultados; 

  • Trabalhar a marca institucional, reforçando cultura e posicionamento. 


 É vedado: 

  • Prometer resultados; 

  • Utilizar linguagem sensacionalista ou comparativa; 

  • Realizar anúncios que caracterizem captação de clientela; 

  • Publicar valores de honorários como forma de atrair clientes; 


Em resumo, a OAB não proíbe marketing. O que ela regula é a forma, exigindo estratégia, sobriedade e relevância. 


Na Fita, nossa atuação combina diagnóstico, estratégia e operação (da marca ao funil de BD), com posicionamento sóbrio e mensurável, porque o que falta à maioria não é produção, é estratégia. 


Estratégias eficazes para atrair clientes dentro das regras 


A chave está em transformar o marketing jurídico em estrutura estratégica de crescimento, e não em ações pontuais ou promocionais. Veja alguns caminhos: 


1. Produção de conteúdo 

O conteúdo é um dos pilares mais seguros para se destacar. Escritórios que fazem análises acessíveis sobre temas relevantes para o mercado demonstram competência técnica e visão de negócio. 


Utilizando uma das metodologias editoriais da Fita, recomendamos que 70% dos conteúdos falem sobre cultura, iniciativas internas e forma de atuação e 30% sejam conteúdos técnicos. 


Veja nosso vídeo explicando o Método 70/30 da Fita na prática:  


2. Fortalecimento de marca e posicionamento 

A percepção de sofisticação e coerência da marca é essencial para atrair o cliente certo. Mais do que um logotipo, trata-se de alinhar identidade visual, discurso institucional e experiência do cliente. 

Segundo a nossa experiência com sócios que buscam reforço de reputação, o branding jurídico ajuda a traduzir técnica em uma identidade forte, elegante e autoral, sem parecer “marketeiro demais”. 


3. Estruturação do funil de relacionamento 

Muitos escritórios ainda dependem apenas de indicações. Mas é possível criar fluxos previsíveis de prospecção e nutrição de leads, alinhados à rotina comercial do escritório.  


4. Rankings jurídicos e construção de autoridade 

A participação em diretórios como Chambers, Legal 500 e Leaders League é um diferencial para reforço de marca e credibilidade. Quando bem estruturada, a submissão transforma o histórico de casos em narrativas estratégicas que elevam a autoridade institucional.  


5. Treinamento e engajamento de equipes 

Não basta a comunicação ficar centralizada nos sócios. Treinar advogados e equipes para se posicionarem de forma clara e estratégica aumenta a consistência e gera protagonismo coletivo. 


Como medir resultados sem ferir a ética 


Marketing jurídico não deve ser encarado como custo, mas como investimento em reputação e relacionamento. Métricas possíveis incluem: 


  • Crescimento de visibilidade qualificada nas redes (LinkedIn, sobretudo); 

  • Aumento no reconhecimento institucional (convites para eventos, menções na imprensa); 

  • Inclusão em rankings jurídicos; 

  • Evolução do funil de relacionamento (novos leads, reuniões estratégicas, propostas enviadas). 


Conclusão: o caminho da estratégia 


Atrair clientes no mercado jurídico exige mais do que posts ou anúncios: exige estratégia, sobriedade e consistência. Com planejamento, branding sólido, conteúdo de valor e posicionamento consultivo, é possível conquistar novos negócios sem ferir as regras da OAB e, mais do que isso, fortalecer a reputação de longo prazo do escritório. 



Como a Fita ajuda você a fazer “o certo” com sofisticação 


Apoiamos escritórios a traduzir excelência técnica em posicionamento, discurso e rotina de conteúdo/BD, com método, escuta ativa e sobriedade.  


Isso evita o “marketing agressivo” e aumenta a atração orgânica de clientes certos. 


Nossa linha editorial e de relacionamento é feita à mão para sócios que valorizam elegância, consistência e autoridade sem exageros, dos Rankings aos fluxos comerciais. 


Para dúvidas específicas, podemos revisar campanhas e conteúdos sob a lente da OAB e das boas práticas premium. Entre em contato. 


Checklist de conformidade rápida 


Antes de publicar/anunciar, responda “sim” a tudo: 


  • Este conteúdo é informativo, sóbrio e não vende diretamente? 

  • Não há preço, grátis, desconto, promessa nem comparação? 

  • Não há caso concreto ou menção a resultado? 

  • O CTA é informativo (sem urgência/pressão)? 

  • Se houver “especialista”, há título/notória especialização? 

  • O meio usado não está na lista de vedados do CED (rádio/TV/outdoor etc.)? 

  • Ao anunciar, a peça direciona para conteúdo ao invés de ofertar serviços? 


FAQ: o que os sócios mais perguntam 


1) Advogados podem usar Google Ads? 

Sim — para tornar público perfil e informações do exercício profissional, observando os limites do 205/2021 e do CED. O Órgão Especial do CFOAB pacificou o tema em 14/11/2023. Evite “promoções”, “descontos”, “ligue agora para ganhar…”.  


2) Posso impulsionar posts nas redes?  

Sim, quando forem conteúdos jurídicos informativos. Não impulsione comunicações mercantilizadas. Veja o Anexo do 205/2021.   


3) Posso contar um caso (mesmo sem nomear) para ilustrar? 

Não. O 205/2021 veda usar casos concretos; e o TED da OAB/SP reforçou a proibição inclusive com dados ocultos (26/06/2025).  


Próximos passos 


Referências e normativos consultados 


  • Provimento 205/2021 (CFOAB) – texto integral e Anexo (regras digitais, patrocínio/impulsionamento, proibições). eticaedisciplina.oab.org.br 

  • Código de Ética e Disciplina – capítulo VIII (publicidade), lista de meios vedados. oabes.org.br 

  • OAB (CFOAB) – “Marketing jurídico: como fazer publicidade em obediência ao Estatuto da OAB”. oab.org.br 

  • Cartilha/Workbook OAB – orientações práticas e linguagem vedada (CTAs). oabmg.org.br 

  • CFOAB (14/11/2023) – notícia oficial: uso de Google Ads autorizado dentro das normas. oab.org.br 

  • TED OAB/SP (26/06/2025) – reforço: vedada publicação de casos concretos em redes (exemplo de entendimento seccional). Migalhas 

  • Comitê Regulador do Marketing Jurídico (CFOAB) – materiais e canal oficial para dúvidas. Marketing Jurídico 

 
 
 

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